domingo, 24 de maio de 2009

O cenário da cenografia paraense































































































CENOGRAFIA PARAENSE

O teatro é uma arte em que um ator, ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades, com auxílio de dramaturgos, diretores e técnicos, que têm como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos e reações no público.
Assim, toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, e nos tempos individuais e coletivos que se formam neste espaço.
O vocábulo grego Théatron estabelece o lugar físico do espectador, "lugar onde se vê". Entretanto o teatro também é o lugar onde acontece o drama frente aos espectadores, complemento real e imaginário que acontece no local de representação. Ele surgiu, supõe-se, na Grécia antiga, no século IV a.C..

Atualmente, os espetáculos de teatro dentro de um contexto mais moderno, dificilmente são realizados sem o suporte de vários aparatos e suportes técnicos, como a cenografia, a sonoplastia, a iluminação, a maquiagem (visagismo), adereços e figurinos. Dentre esses elementos, ressaltaremos a cenografia, que é uma arte, técnica e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos e eventos de qualquer natureza. Alguns autores confundem com um segmento da arquitetura. Entretanto, a arquitetura cênica ou arquitetura cenográfica ocupa-se mais especificamente da geração dos cenários arquitetônicos internos ou externos. No teatro um cenário qualifica um palco com a disposição de objetos, painéis sob uma iluminação adequada para relacionar com a peça a ser representada. A cenografia é parte importante do espetáculo, pois conta a época em que se passa a história, o local em que se passam as ações dos personagens na encenação, e mais, pelo cenário podemos identificar a personalidade dos personagens.
O nome do profissional que trabalha com cenários é o cenógrafo [do grego skenográphos.], é o profissional que cria, conceitua, projeta e coordena a construção do cenário de teatro, show, teledramaturgia, eventos e entretenimento em geral.

LISTA DE CENÓGRAFOS DO BRASIL
* Aldo Calvo
* Alfredo Pereira da Silva Filho
* Anísio Medeiros
* Ana Machado
* Cláudio Lucchesi
* Chris Aizner
* Clóvis Graciano
* Daniela Thomas
* Felipe Crescenti
* Flávio Rangel
* Flávio Império
* Francisco Muzzi
* Gabriel Vilela
* Hélio Eichbauer
* Henrique Manzo
* Joaquim Lopes de Barros Cabral
* José Agripino de Paula
* José de Anchieta (José de Anchieta Costa)
* José Carlos Serroni (J.C. Serroni)
* José Leandro de Carvalho
* Juarez Machado
* Kleber Montanheiro
* Luciana Bueno
* Luciana Petrucelli
* Marcio Colaferro
* Maria Bonomi
* Mauro Francini
* Naum Alves de Souza
* Romolo Lombardi
* Rosa Magalhães
* Santa Rosa
* Sante Scaldaferri
* Tacito Cordeiro
* Ulisses Cohn
* Wasth Rodrigues
* Zé Henrique de Paula
Cenógrafos estrangeiros radicados no Brasil
• Bassano Vaccarini - italiano
• Ewald Hackler - alemão
• Gianni Ratto - italiano
• Lina Bo Bardi - italiana, naturalizada brasileira
• Ruggero Jacobbi - italiano
• Victor García - argentino

Em Belém do Pará, há carência de profissionais que trabalhem na criação de cenários. Durante muitos anos na “cidade das mangueiras” foram criados cenários para espetáculos de forma intuitiva e empírica, sem qualquer estudo prévio embasado em técnicas acadêmicas ou métodos adotados por outros grupos nacionais ou internacionais. Tudo acontecia de maneira improvisada e imediata para atender as necessidades do suposto espetáculo que seria encenado. Verdade seja dita, até hoje, essa realidade ainda persiste. Muito pouco mudou, apenas houve um aprimoramento, dessas técnicas amadoras na construção dos cenários. Todo esse isolamento criou um paradoxo, de um lado profissionais que partem do intuitivo para criar cenários a partir de nenhuma informação técnica a respeito de materiais, estruturas e mecanismos, tudo na base do improviso, da “ganbiarra”. Por outro lado surgiu outro estilo extremamente criativo e alternativo a partir da falta de todo tipo de material adequado e métodos técnicos e/ou acadêmicos.

Essa realidade persiste até meados de 1957, quando entra em funcionamento a Escola de Teatro e Dança, teve seu início devido ao empenho do grupo Norte Teatro Escola, coordenado pela Professora Maria Sylvia Nunes e o Prof. Benedito Nunes. O Reitor da UFPA, na época, o Prof. Dr. Silveira Neto, a pedido do grupo, garantiu a realização do primeiro curso voltado para as atividades de teatro, o qual originou a referida Escola, cuja finalidade é a de fazer do teatro um veículo de cultura, com vistas ao aprimoramento intelectual da juventude universitária e a educação da população em geral. A Escola de Teatro foi criada graças ao empenho e competência do casal de professores, com o apoio do prof. Cláudio Barradas que, na oportunidade, juntou os outros grupos existentes e fundou a Federação de Teatro com vistas à legitimação das atividades desenvolvidas.

Mas o grande passo dado em favor da profissionalização e qualificação dos profissionais que estão envolvidos na produção cenográfica paraense foi dado em 2005, no intuito de enriquecer e complementar o conhecimento dos futuros profissionais dos Cursos Técnicos existentes para o mercado de trabalho foi criado o Curso Técnico em Cenografia, na Escola de Teatro e Dança da UFPA.

O Curso Técnico em Cenografia visa oferecer condições para o profissional egresso da Habilitação em cenografia adquirir domínio na inter-relação das Artes Dramáticas com outras manifestações artísticas e culturais; nas técnicas, história e filosofia das artes da cena; na ambientação da cena; desenvolver competências e habilidades para proceder à resignificação dos fatos culturais; compreender os processos de construção do conhecimento nas artes cênicas; revelar domínio histórico sobre o espetáculo; demonstrar formação consciente sobre a importância da identidade cultural para do cenógrafo; estar preparado para intervir na realidade do campo de trabalho; apresentar domínio para pesquisa e produção de conhecimento da cenografia no âmbito da cultura brasileira e regional amazônica.
Atualmente, a Escola lança no mercado, cerca de 30 (trinta) profissionais para atuar no teatro e na dança como intérpretes, e em condições de trabalhar em diversos setores da produção de montagens cênicas, o que amplia o raio de absorção dos profissionais da arte e exige a continuidade de estudos para acompanhar as evoluções do campo artístico.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO DE CENOGRAFIA DA ETDUFPA
1° ANO
* Atividades Complementares I
* Cenografia I
* Cenotecnia da Cena
* Desenho I
*Iluminação I
* Indumentária I
* Leitura do Olhar
* Maquiagem I
* Prática de Montagem I

2° ANO
* Atividades Complementares II
* Cenografia II
* Desenho II
* Iluminação II
* Indumentária II
* Jogo Cênico
* Maquiagem II
* Máscara e Corpo
* Prática de Montagem II
* Teatro de Formas Animadas
* Teoria da Cena

Atualmente o cenário dos profissionais que constroem a demanda de cenários da cidade de Belém são egressos dos mais diversos ramos de atividades, de arquitetos a pessoas que possuem somente o autodidatismo ao seu favor, essa produção tende a melhorar qualitativamente com a implantação de cursos técnicos e de graduação na área de cênicas. Mas o passo mais importante será a organização dos profissionais em cooperativas e sindicatos que busquem o aperfeiçoamento e a aquisição de direitos referentes ao desempenho de sua profissão nos palcos de Belém e de todo Estado do Pará.

LISTA DE CENÓGRAFOS DA CIDADE DE BELÉM
 Cláudio Rego
 Mestre Nato
 Charles Serruya
 Cláudio Bastos
 Jorge Cunha
 Nando Lima
 Carlos Henrique
 Bruce
 Ézia Neves
 Fernando Pessoa
 Maurício Quintais
 Beto Benone